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Litíase (cálculo) renal

“Pedra” nos rins é um problema do sistema urinário que acompanha o homem desde a antiguidade. Atualmente, a estimativa de surgimento de “cálculos” urinários é de nove em cada 100 pessoas ao longo da vida, o surgimento de litíase em crianças também se tornou mais frequente nos últimos anos.

O diagnóstico, o tratamento e a prevenção da litíase urinária gera um custo monetário anual muito significativo. Atualmente, dispomos de exames de imagem e tratamentos minimamente invasivos favorecendo o pronto restabelecimento para as atividades profissionais, uma vez que este problema acomete indivíduos jovens em plena atividade laboral. Todos estes aspectos e principalmente a avaliação cuidadosa através de exames laboratoriais de sangue e urina devem ser realizados após consulta com seu Urologista. Mudanças na dieta e uso de medicações preventivas podem ser a melhor maneira de impedir a formação de litíase urinária e impedir novo episódio deste “doloroso” problema.


Sintomas

Os cálculos urinários podem provocar dor extrema tipo cólica, com episódios reincidentes, sendo uma queixa muito frequente de atendimento em pronto socorro, com necessidade de internações hospitalares para tratamento da dor e também para retirada do cálculo, gerando incapacidade temporária e motivo de falta ao trabalho. Com frequência, a dor tipo cólica poderá vir associada a náuseas e vômitos, sudorese, febre e calafrios.

Diagnóstico

Ao realizar o exame físico, o Urologista poderá identificar área dolorosa lombar, abdominal ou reflexa para escroto (homens) ou grandes lábios (mulheres).

Exames radiológicos complementares (ultrassonografia ou tomografia computadorizada), exames de sangue para avaliar função renal (uréia, creatinina) e exame de urina poderão auxiliar no diagnóstico.

Tratamento

O tratamento da litíase urinária pode ser clínico ao controlar os níveis sanguíneos e urinários de metais e outros agentes que contribuem na formação de cálculos. Orientação quanto à ingestão de líquidos e uso de medicamentos que irão controlar o equilíbrio ácido-básico urinário. Tratamento minimamente invasivo endoscópico com laser para destruição de cálculos nos casos refratários ao tratamento clínico ou quando gerar obstrução ao esvaziamento do rim com piora da função renal ou infecção associada.

Tópicos Importantes sobre Pedra nos Rins

  • Anualmente mais de um milhão de pessoas procuram um pronto socorro devido pedras nos rins.

Os quatro principais tipos de pedras nos rins são :

  • 1) Pedras de cálcio que são associadas ao oxalato ou fosfato.
  • 2) pedras de ácido úrico, causado pela urina muito ácida.
  • 3) pedras de estruvita, causadas por infecção crônica do aparelho urinário.
  • 4) pedras de cistina, causada por doença genética chamada cistinúria.
  • Habitualmente pedra nos rins não causa sintomas, entretanto, quando a pedra se desloca do rim para a bexiga, poderá bloquear o fluxo de urina no ureter e provocar inchaço no rim causando dor.

 

Orientações:

  • Beber entre dois e três litros de líquidos (água) por dia, manterá uma diurese de aproximadamente dois litros em 24 horas, isto ajudará seus rins a trabalharem bem e também é o melhor caminho para evitar a formação de pedras.
  • Não fume, o cigarro reduz o fluxo sanguíneo do rim e prejudica seu funcionamento. O tabagismo também aumenta o risco de câncer de rim em 50%.
  • Dieta saudável com baixos teores de gordura reduz o colesterol sanguíneo e a pressão alta. Reduza o sal na dieta e não exagere em alimentos que contenham oxalato (espinafre, beterraba, chocolate, nozes, pimenta). Evite dieta com excesso de proteína animal (carne vermelha, carne de porco, leite). 
  • Se você tem pressão alta e diabetes monitore sua função renal.
    • Atividade física pode ajudar a manter sua pressão arterial em níveis normais e manter o açúcar e o colesterol bem controlados.