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Câncer de Bexiga

O câncer de bexiga é o segundo câncer mais comum do aparelho urinário, acomete homens e mulheres e relaciona-se mais comumente ao uso do cigarro e ao envelhecimento. O tabagismo é o fator de risco mais importante no desenvolvimento do câncer de bexiga, acredita-se que seja responsável por 50 a 65% dos tumores em homens e 20 a 30% nas mulheres. Existe também uma relação do câncer de bexiga com fatores ocupacionais, ou seja, relacionado ao ambiente de trabalho. Trabalhadores de indústria do ferro, alumínio, aço, indústria plástica, indústria química, metalúrgicos, corantes e couro, mineração, seringueiros, pintores, agricultores, cabeleireiros e motoristas apresentam maior risco em desenvolver a doença.

Dados atuais indicam que a chance de um homem apresentar câncer na bexiga durante a vida é de 3,8%, isto significa que um em cada 26 homens poderá desenvolver esta doença durante a vida. Para as mulheres este risco é de 1,2%, ou seja, uma em 87 mulheres terá este diagnóstico, contudo, a possibilidade de óbito é 30% maior na mulher do que no homem.


Sintomas

Acredita-se que esta pior evolução da doença nas mulheres decorra de atraso no diagnóstico do tumor, uma vez que os sintomas possam erroneamente ser interpretados como decorrente de infecção urinária. A cistite constitui doença muito comum nas mulheres e apresenta sintomas que podem confundir o diagnóstico correto, pois causam ardência no canal uretral, aumento da frequência urinária e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, portanto, a presença destes sintomas sempre deverá ser investigada. É importante ressaltar que a apresentação clássica do câncer de bexiga é indolor e a presença de sangue na urina ocorre em 80% dos casos.

Diagnóstico

Ao realizar o exame físico o Urologista poderá identificar tumoração palpável no abdômen, que posteriormente, com a realização de exames complementares, poderão confirmar o diagnóstico de tumor de bexiga.

A presença de sangue na urina, já indica a necessidade de realizar exame de cistoscopia, onde poderemos encontrar a presença de lesão tumoral vegetante, visível com câmera, após ampliação da imagem. No exame de urina, deve-se pesquisar a presença de células malignas através da citologia urinária oncótica. Exames radiológicos complementares (ultrassonografia, ressonância magnética ou tomografia computadorizada) e exames de sangue para avaliar função renal ( ureia e creatinina) também ajudam no diagnóstico.

Tratamento

Na maioria dos pacientes (75% das vezes) a doença é descoberta no início, quando o tumor não apresenta invasão na camada muscular mais profunda da bexiga (não músculo invasivo), sendo que o tratamento inicial, sempre deverá ser realizado pela via uretral para o diagnóstico preciso e para evitar extravasamento de células malignas para fora da bexiga.

Quando diagnosticado, poderá ser necessário tratamento através de aplicações de medicamentos dentro da bexiga (BCG, gencitabina, mitomicina) para aumentar as chances de cura e reduzir o risco destes tumores surgirem novamente.

Em casos onde o tumor compromete as camadas mais profundas da bexiga (músculo invasivo) será necessário tratamento mais agressivo como extração da bexiga e confecção de outro reservatório urinário continente, permitindo a preservação das funções urinária e sexual. Poderá ser possível a preservação da próstata, melhorando ainda mais os resultados. Também há o tratamento com preservação da bexiga, através da radioterapia e possíveis associações com quimioterapia.

Tópicos Importantes sobre Câncer de Bexiga

  • O Câncer de bexiga é fortemente relacionado com a idade e é diagnosticado habitualmente após os 55 anos.
  • Exposição ocupacional em trabalhadores industriais, produtos químicos, tintas e corantes é o segundo fator de risco mais relevante, sendo responsável por 10% dos casos de câncer de bexiga.
  • O câncer de bexiga pode se manifestar até 30 anos após a exposição profissional.
  • A relação do câncer é de 3 a 4 vezes mais comum no homens do que na mulher, contudo, a mulher costuma apresentar doença mais avançada.