Com mais de 20 anos de experiência no tratamento de doenças malignas em estágios mais avançados, existem determinadas situações em que as cirurgias tornam-se mais desafiadoras.
- Nefrectomia radical com excisão de trombo tumoral na veia cava.
Como indicado no vídeo, esta classificação compreende quatro tipos diferentes de abordagem, desde a mais simples até a mais elaborada, quando é necessária retirada do trombo que invade o coração.
- Ressecção de tumores de rim intraparenquimatosos.
Nestas situações, os tumores estão alojados em local mais profundo do rim sendo muitas vezes indicada a remoção completa do órgão. Antigamente utilizava-se a cirurgia convencional aberta para remoção do nódulo tumoral, atualmente, realizamos a cirurgia pela via robótica auxiliada pela ultrassonografia transoperatória sem a necessidade de grandes incisões. A grande vantagem é de preservar o funcionamento do rim saudável através de técnica minimamente invasiva.
- Exenteração Pélvica anterior e posterior.
- Nestes casos, existe a necessidade de remover a bexiga e próstata nos homens ou a bexiga e útero nas mulheres, muitas vezes em bloco com o intestino, reto e canal anal. Nestas cirurgias mais extensas, podemos reconstruir a via urinária e intestinal conjuntamente para facilitar a readaptação corporal e promover o retorno à sua rotina de vida em condições plenas.
- Cistectomia com derivação urinária continente.
- - com Preservação da Próstata no homem.
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- com preservação do útero e vagina na mulher.
Em casos de câncer que invade a camada muscular profunda da bexiga, poderá ser necessária sua remoção completa porque os tumores costumam ser multifocais. Nestas situações, é natural que as pessoas apresentem grande peocupação e evitem ou retardem o tratamento pois trata-se de cirurgia de grande porte e também porque poderá ocorrer mudanças significativas nas funções urinárias e sexuais. Contudo, ao retardar o tratamento ideal, poderá perder a chance de cura porque trata-se de uma doença muito agressiva. Nestes pacientes poderemos manter a função sexual e urinária nos homens através da preservação da próstata e nas mulheres preservando o útero e fundo da vagina. A realização de uma nova bexiga com o próprio intestino que poderá ser conectada a uretra, de maneira à pessoa voltar a urinar de forma fisiológica como sempre fez, mantendo plenamente sua qualidade de vida. Esta cirurgia pode ser realizada pela via aberta ou robótica.
- Ressecção de tumores pós quimioterapia em câncer de testículo.
- Em determinadas situações há grandes massas tumorais que se mantém no abdômen após a quimioterapia, portanto esta cirurgia precisa ser realizada para total remoção destes tumores residuais, pois apresentam células malignas e também comprimem órgãos sadios. Estas cirurgias também exigem grande perícia e experiência ao tratar este tipo de doença porque o tumor está em contato com os grandes vasos sanguíneos (aorta e veia cava) e também com outros órgãos nobres como rins, fígado e pâncreas que precisam ser preservados. Em determinadas situações, também pode ocorrer compressão dos pulmões, sendo necessária abordagem do tórax no mesmo tempo cirúrgico. Outro aspecto importante nestes pacientes é poder preservar o plexo simpático autonômico cujas terminações nervosas são fundamentais para manter a ejaculação presente após a cirurgia.
- Sarcomas retroperitoneais.
- Cirurgia necessária para retirada de tumores sarcomatosos volumosos que se manifestam clinicamente ao comprimirem, deslocarem ou até apresentarem invasão tumoral de órgãos abdominais sadios. Nestes procedimentos de grande porte a experiência com estas cirurgias complexas proporciona ótimos resultados na cura da doença e também recuperação física completa e retorno a uma vida normal.
- Fístulas da bexiga para o reto.
- Esta é uma complicação que pode ocorrer após cirurgias da próstata com lesão do intestino ou após radioterapia pélvica, também poderá ocorrer devido ferimento por arma de fogo ou trauma corto-contuso perineal, um terrível problema causando perda de urina junto das fezes associado a infecções urinárias. Nestes casos, a cirurgia que também é conhecida como “York-Mason” é realizada pela via retal posterior causando mínima agressão física, rápida recuperação pós-operatória e sem sequelas. Esta cirurgia é muito complexa e exige maior experiência do cirurgião, sendo pouco difundida, contudo, com esta correção cirúrgica, os pacientes recuperam plenamente a auto-estima podendo retornar a vida normal.
- Cirurgia de resgate após radioterapia da próstata ou bexiga.
- Nestes casos em que a radioterapia falhou em controlar o câncer, a cirurgia é mais difícil porque apresenta maiores riscos de incontinência urinária, disfunção sexual e perfuração do intestino. Contudo, esta cirurgia pode ser realizada com sucesso, podendo-se obter a cura do câncer.
- Ressecção linfonodal na recidiva ganglionar do câncer de próstata.
- Esta cirurgia é necessária em casos específicos, que podem ocorrer tardiamente após a prostatectomia radical ou radioterapia pélvica. Nestas situações, são detectados gânglios linfáticos alterados por células malignas que estão produzindo elevação do PSA, muitas vezes identificados através dos exames de imagem como a tomografia, ressonância magnética ou o PET CT com PSMA.