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De casos de câncer de testículo, 95% atingem jovens

O câncer de testículo é uma doença maligna pouco frequente, mas que atinge principalmente homens mais jovens entre 15 e 35 anos. Segundo um levantamento realizado pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), 95% dos casos de câncer de testículo atingem homens que estão dentro dessa faixa etária. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta ainda que dentre os tumores malignos do homem, 5% ocorrem nos testículos.

Segundo o coordenador do setor de urologia do Icesp, Marcos Dall’Oglio, este tipo de câncer pode estar associado a homens que nasceram com testículos fora da bolsa escrotal, que tenham alguma atrofia testicular ou nos casos em que a mãe tomou estrógeno (hormônios) durante a gravidez. A atividade sexual não tem nenhuma relação com o surgimento da doença.

“O motivo para que o tumor apareça mais em jovens está ligado ao fato de que as alterações celulares, que começaram na infância, já estejam nessa idade desenvolvidas para o surgimento de um câncer nessa região.” O coordenador do Centro Avançado de Oncologia do Hospital São José, Fernando Maluf, disse que fatores hereditários como a criptorquidia (quando o testículo não desce até a bolsa escrotal no amadurecimento do feto) e traumas crônicos, como os de ciclistas profissionais, também podem desencadear a doença.

Dall’Oglio afirma que, quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores são as chances de cura. “Quando se descobre o tumor em estágio inicial, as chances de cura são de 100%. Em estágio avançado, quando a doença está mais disseminada, esse número reduz para 50%.” Segundo o especialista, o tumor no testículo dobra de tamanho a cada 30 e 60 dias. “A evolução dele é muito rápida e sem tratamento adequado pode levar à morte.” No entanto, Maluf esclarece que este é um dos tumores mais curáveis do corpo humano. “Mesmo em estágios avançados, as chances de cura são consideradas elevadas.”

Infelizmente, cerca de 60% dos pacientes atendidos no Icesp com esse tipo de tumor já iniciam o tratamento com a doença em estágio avançado. “Neste caso, corre-se o risco de metástase – quando o tumor se espalha por outras partes do corpo – e o paciente precisa se submeter ao tratamento quimioterápico”, explica Dall’Oglio. Por ano, o Instituto atende cerca de 150 pacientes com o problema. Saiba como identificar o câncer de testículo Exame clínico com o médico urologista, ultrassom e até exames de sangue podem auxiliar no diagnóstico precoce do câncer de testículo.

No entanto, alguns sintomas podem ajudar a identificar a doença. “Deve-se ficar atento às alterações, como o aumento ou diminuição no tamanho dos testículos, dor imprecisa no abdômen inferior, sangue na urina, aumento ou sensibilidade dos mamilos e rigidez no testículo”, diz o urologista do Instituto do Câncer de São Paulo e do Hospital Sírio Libanês, Daher Chade.

Tratamento

Segundo Marcos Dall’Oglio, coordenador do setor de urologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), quando o tumor está restrito no testículo é possível fazer uma cirurgia para a retirada do testículo atingido, contudo dependendo do estágio da doença, o paciente precisa se submeter à quimioterapia ou radioterapia. Segundo o especialista, após o tratamento, nem a atividade sexual, nem a capacidade de reprodução ficam comprometidas. “Nada interfere. O outro testículo exerce todas as funções necessárias na produção de esperma e testosterona”, conclui.